O Orkut, rede social mais popular do Brasil nos anos 2000, pode voltar a existir de alguma forma. O site orkut.com foi reativado e traz uma mensagem, assinada pelo programador turco Orkut Büyükkökten, criador da rede original. “Eu sou uma pessoa otimista. Acredito no poder da conexão para mudar o mundo”, diz o texto, publicado em inglês e português. “É por isso que eu trouxe o orkut.com para tantos de vocês ao redor do mundo. E é por isso que estou construindo algo novo. Vejo você em breve!”.
Ao mesmo tempo em que o site do Orkut foi reativado com a mensagem, a rede social Hello, lançada por Büyükkökten em 2016, foi desativada. “Estamos pausando as operações do hello enquanto preparamos algo ainda melhor”, diz mensagem estampada na plataforma.
Lançado em 2004, o Orkut chegou a ter 30 milhões de usuários ativos somente no Brasil, o que representa uma parcela considerável da população do país com acesso à internet na época. Os brasileiros eram os principais usuários da plataforma, que se popularizou principalmente no país e na Índia. O site funcionava como um misto de página pessoal – similar aos feeds do Facebook e do Instagram – e uma estrutura de fóruns, as comunidades, onde pessoas com interesses comuns se reuniam. O Google, que comprou a rede social em 2008, anunciou o fim oficial do Orkut em 2014 por questões estratégicas de mercado.
O Nexo fez uma consulta no banco de dados da Organização Mundial da Propriedade Industrial. Há 21 variações da marca registrada “Orkut” ativas, todas em nome do Google. O Nexo tentou entrar em contato com o Google Brasil, mas não obteve resposta. Sabe-se que o endereço do site orkut.com foi devolvido a Büyükkökten após o fechamento da rede social.
Dois anos depois do fim do Orkut, Büyükkökten inaugurou a Hello, uma tentativa de trazer de volta a antiga plataforma, mas que nunca deslanchou, tendo apenas 1 milhão de usuários globalmente.
Na mensagem em que diz que “está preparando algo novo”, Büyükkökten também fala de questões de privacidade e da polarização nas redes. “Nossas ferramentas online devem nos servir, não nos dividir. Elas devem proteger nossos dados, não vendê-los. Elas devem nos dar esperança, não medo e ansiedade. A melhor rede social é aquela que enriquece sua vida, mas não a manipula.”
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Fonte: Nexo.
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