© TĂąnia RĂȘgo/AgĂȘncia Brasil |
Queixas de violĂȘncia e demora nos pagamentos levaram recenseadores do Censo 2022 a se organizarem em um movimento que foi Ă s ruas nessa quinta-feira (1Âș), em diversas capitais, para reivindicar melhores condiçÔes de trabalho. Nas redes sociais, postagens e imagens convocavam tambĂ©m para uma greve, mas o Instituto Brasileiro de Geografia e EstatĂstica (IBGE), responsĂĄvel pelo Censo, afirma que a coleta de dados transcorre normalmente nesta sexta-feira.
O Sindicato Nacional dos Trabalhadores em FundaçÔes PĂșblicas Federais de Geografia e EstatĂstica (Assibge) afirma que nĂŁo participou da convocação dos atos realizados ontem, mas que se coloca Ă disposição dos trabalhadores para ouvir as reivindicaçÔes, organizar assembleias e mediar o diĂĄlogo com o IBGE.
"Eles se mobilizaram e criaram um movimento nacional que Ă© muito em rede, muito flexĂvel e nĂŁo tem uma instituição que consiga falar oficialmente por ele. SĂŁo grupos de recenseadores que, de forma descentralizada, se manifestam de forma espontĂąnea", disse o diretor da Executiva Nacional da Assibge, Elvis Vitoriano da Silva.
O sindicato ainda estĂĄ levantando a adesĂŁo Ă paralisação, mas informa que houve manifestaçÔes ao menos em Salvador, Rio de Janeiro, SĂŁo Paulo, BelĂ©m, Recife, JoĂŁo Pessoa e cidades do interior de SĂŁo Paulo e do Rio Grande do Sul. Nessas manifestaçÔes, os recenseadores levantaram cartazes e faixas e pediram para levar suas reivindicaçÔes ao IBGE, segundo o Assibge, que esteve nos protestos para ouvir as demandas. O instituto, por sua vez, afirma que suas superintendĂȘncias estaduais receberam os recenseadores e tambĂ©m ouviram suas queixas.
O diretor do sindicato ressalta que grande parte das reclamaçÔes que chegou à Assibge se deve ao fluxo de pagamentos. Os recenseadores recebem por produção e parte desse pagamento só é pago após as entrevistas passarem por uma supervisão. Os relatos são de problemas e demora ao longo desse processo.
"Tem um pouco de tudo: problemas no processamento dos pagamentos, problemas no tempo que leva para realizar o trabalho e passar pela supervisĂŁo e tambĂ©m tem algum resĂduo de erro de cadastro dos recenseadores".
Sobre esse ponto, o IBGE afirma que "mais de 99% dos problemas de atraso no pagamento dos recenseadores jĂĄ foram sanados, desde a semana passada, e que novos procedimentos na rotina de pagamentos foram adotados, a partir desta semana, para agilizar o processo".
Outra reclamação relatada pelos recenseadores Ă© a violĂȘncia durante o trabalho em campo, segundo Elvis Vitorino da Silva. Os casos vĂŁo desde roubos dos equipamentos usados para a coleta dos dados atĂ© denĂșncias de racismo e xingamentos.
"Tem gente que se recusa a receber o recenseador ou acaba agredindo por confundir com pesquisa eleitoral”, avalia.
O IBGE considera que os incidentes ocorridos com alguns recenseadores durante seu trabalho de coleta de dados foram pontuais. "As unidades estaduais do IBGE deram assistĂȘncia aos servidores envolvidos e, quando necessĂĄrio, orientaçÔes quanto ao registro da ocorrĂȘncia junto aos ĂłrgĂŁos de segurança pĂșblica", afirma o instituto.
AlĂ©m disso, o IBGE ressalta que os recenseadores e demais trabalhadores que atuam no Censo 2022 sĂŁo servidores pĂșblicos federais, e crimes contra eles sĂŁo sujeitos a investigaçÔes federais com base no artigo nÂș 144 da Constituição da RepĂșblica Federativa do Brasil.
Continue apĂłs os anĂșncios...
Quer Receber as notĂcias do Blog do Adenilton Pereira em 1ÂȘ mĂŁo?
Faça parte da nossa Lista de Transmissão no Whatsapp...
Nos sigam no Instagram...
Nos sigam no Facebook...
Nos sigam no Twitter...
Fonte: Edição: Aline Leal/AgĂȘncia Brasil
Postar um comentĂĄrio