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Moradores da região Chapada Diamantina viram um forte clarão no céu na noite de domingo, dia 17 de dezembro, após a queda de um meteoro. A informação foi divulgada pela Associação Paraibana de Astronomia. Câmeras de segurança de algumas casas do município de Seabra registraram o momento.
Segundo o presidente da Associação Paraibana de Astronomia, o bólido não tem ligação com a chuva Geminídas, uma das poucas chuvas intensas que são favoráveis de se observar no hemisfério sul.
"A chuva de meteoros Geminídas está ocorrendo ainda, mas ao que tudo indica é que esse bólido que a gente viu ontem, na região central da Bahia, não tem nada a ver com essa chuva. Geralmente a chuva de meteoros não geram objetos tão luminosos como esse que a gente viu nesta noite", explicou o presidente da associação, Marcelo Zurita.
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Além de Seabra, o fenômeno foi visto na cidade de Livramento de Nossa Senhora e na trilha do Gavião, no Vale do Capão, onde fenômeno gerou disparos de alarmes de carros e um clarão tão intenso.
O guia especialista de montanha na Chapada Diamantina, André Muinhos, conhecido como Monstro, estava em casa com a família e foi um dos observadores privilegiados do fenômeno. Ele relata que, por residir próximo à entrada da trilha, foi possível testemunhar um grande clarão enquanto todos contemplavam as estrelas.
“Passou um meteoro gigante, uma luz bem bonita e forte. Caiu em direção à trilha do Gavião, no norte do parque, aqui na Chapada. Quando se chocou, fez um barulho muito grande e até o chão tremeu. Foi muito forte o impacto. Muita gente aqui no Capão viu e o assunto está sendo discutido até nos grupos de WhatsApp. Foi uma coisa bem bonita, nunca vi algo tão bonito assim”, relatou André Muinhos.
Outra testemunha do evento celeste, Renata Del Nero, moradora do povoado Caeté-Açu em Palmeiras, estava observando as estrelas em cima de sua casa quando o meteoro cortou o céu no sentido leste para o oeste. “O barulho parecia um trovão ou uma bomba, veio alguns minutos após a luz e acho que foi longe porque não foi tão forte quanto o clarão”, contou Renata.
Os estudos apontaram que o meteoro foi gerado pela passagem de uma rocha espacial que atingiu a Terra em alta velocidade.
"Os objetos estão em órbitas no solo, girando em velocidades altíssimas e quando eles atingem a nossa atmosfera, acabam provocando a compressão dos gases e isso gera esse fenômeno luminoso", explicou o presidente da associação.
De acordo com Marcelo Zurita, quanto maior a rocha, mais luminoso é o meteoro que ela gera.
"Nesse caso, a gente acredita que foi um objeto grande, com talvez 1,5 metro de diâmetro que acabou gerando esse bólido", pontuou.
Sobre o barulho semelhante a um trovão, o presidente da Associação Paraibana de Astronomia informou que há um forte indício de que houve meteoritos em solo.
"A rocha acabou resistindo a esse calor da passagem atmosférica, chegou nas camadas mais baixas e densas, e quando isso ocorre, geralmente termina com um fenômeno mais explosivo, que gera esse barulho".
Marcelo Zurita aconselhou as pessoas a procurarem a Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon) caso escutem barulhos que acreditem ser uma queda de meteoros.
Fonte: G1 Bahia e Jacobina 24 horas.
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